DENGUE HEMORRÁGICA: PRINCIPAIS SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTOS
- Isabela Tesser
- 13 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Por Isabela Tesser
A dengue é uma arbovirose, ou seja, está entre o grupo de doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos. O causador da dengue é o Aedes Aegypt, o mesmo mosquito que transmite a Febre Amarela, a Zika e o Chikungunya.
A análise da dengue é feita caso o paciente tenha um quadro de febre que persiste, geralmente, de dois a sete dias. Diante desses sintomas, o diagnóstico é realizado nos três primeiros dias da febre com a dosagem no sangue de um antígeno solúvel, chamado NS1, e uma partícula viral que tende a ser positiva nos primeiros três dias e, logo, negativar-se. De acordo com o médico clínico geral e reumatologista, Isaac Braz, após o quinto dia nosso corpo produz anticorpos da classe GM contra o vírus dengue. Dessa forma, a partir do sexto dia, o teste GM pode ser dosado no sangue e, sendo positivo, confirma o diagnóstico de dengue.
Até o momento não há um tratamento específico para a dengue. “A gente diz que o tratamento é sintomático e de suporte, então, medicamos o paciente a depender do seu sintoma. Se ele tiver náusea, damos um remédio para enjoo. Se tiver dor, damos um remédio para a dor”, esclarece Isaac. Para os pacientes que possuem indicação de internação hospitalar por desidratação, queda de pressão arterial, pode ser realizada uma hidratação na veia. Caso não seja suficiente para restaurar a pressão arterial normal, é indicado o uso de medicações para que se mantenha a pressão normal.

Imagem mosquito da dengue. Crédito: Freepik
DIFERENÇA ENTRE DENGUE E DENGUE HEMORRÁGICA
A Dengue Hemorrágica é uma evolução clínica de maior gravidade da doença. O médico Isaac pontua que o paciente que estiver com dengue hemorrágica apresenta sinais de alarme. São eles:
Dor abdominal intensa e contínua;
Vômitos persistentes;
Sangramentos importantes;
Hipotensão arterial;
Diminuição da urina;
Letargia / agitação;
Pulso rápido e fraco;
Extremidades frias;
Diminuição da temperatura corporal e sudorese.
Portanto, a dengue hemorrágica é o conjunto de quatro manifestações: febre; tendência hemorrágica; plaqueta abaixo de 100.000/mm³ e acúmulo de líquido.
Em geral, a dengue hemorrágica não deixa sequelas na pessoa infectada. De modo geral, ela é uma doença de curso autolimitada, ou seja, há data de começo e data para seu término. “O problema é que, nesse percurso, se a gravidade for muito alta, o paciente pode vir a falecer ou ter uma melhora. O que pode acontecer é que, a depender da gravidade para o paciente que precise de internação hospitalar, por exemplo, pode estar suscetível a algum tipo de intercorrência ou complicação secundária aos sinais de gravidade da dengue e isso deixar algum dano permanente. Também pode acontecer que o paciente tenha dengue hemorrágica muito grave a ponto de causar uma hepatite”, explica o médico clínico e reumatologista, Isaac.
A cada quadro de dengue subsequente que uma pessoa tenha, há uma maior chance de evoluir para o quadro hemorrágico.
Já pessoas com fatores de risco, ao serem infectadas pela primeira vez, podem ter dengue hemorrágica. Normalmente, são pessoas com idade abaixo de 25 anos; mulheres; pessoas com sobrepeso; indivíduos infectados por cepas com maior gravidade; pré-disposição genética.

Crédito arte: G1
Por isso, o melhor tratamento é a prevenção da proliferação do mosquito da dengue, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção.
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